Querer (do Sideral ao Além)
Adivinha só quem voltou com um Set novinho aqui pro blog?
Pois é, depois de um tempinho no vazio, trago novidades em puro techno, e uma pitada de deep house só pra dizer que não o citei nunca mais em meus Sets (afinal este já é o terceiro seguido com techno!!) 😜
Mas antes de falar sobre o Set, tenho que comentar sobre uma coisa específica que foi, inclusive, abordada por alguns amigos DJs: a sambadinha. Todo mundo fala e afirma e concorda: todo DJ já sambou. Mas é um tanto engraçado ver a reação da galera com a tal sambada: o público que não entende muito de mixagem, muitas vezes nem percebe, enquanto que aqueles que já compreendem os conceitos e técnicas de mixagem às vezes caem matando no erro do colega. Poxa, a gente não está lá no controle dos decks sem antes ter treinado, estudado, tentado se aperfeiçoar ao máximo, e sabemos que mesmo assim ainda existem muitas variáveis que podem colaborar pro DJ sambar: a ansiedade, o medo, o mixer, a CDJ/controladora/toca-disco, o fone de ouvido, o Zézinho que tá querendo conversar contigo no meio da mixagem, e etc e tal. E na boa? Esse nosso preciosismo extremo de não poder sambar nunca em hipótese alguma pode não ser o ingrediente especial que vai tornar o Set melhor, mas é o ingrediente que pode te fazer travar na hora H e esconder toda a potencialidade maravilhosa que existe em cada profissional de se superar e fazer o melhor com aquilo que tem em mãos naquele momento.
Então bora respirar fundo gente, porque todo DJ já sambou ou tá sambando ou vai sambar, mas o importante é seguir em frente e buscar ir além dos limites técnicos. 💃
Partindo daí eu devo dizer que minhas demoras em publicar os Sets se devem ao meu gigantesco preciosismo de fazer o Set o melhor possível e sem sambar. 😅 E sabe de uma coisa? Isso é complicadíssimo pra mim haha Porque toda vez que eu me proponho a gravar um Set pro Lacuna eu travo, refaço pelo menos 2 vezes, sempre depois de uns 20 minutos gravados dou aquela sambada louca e paro tudo pra começar do zero uma vez mais. Vai entender, né? Porque quando estou tocando nos eventos e festas e lá no Alto da Harmonia, a coisa flui de tal forma que o Set fica lindo, simplesmente. O meu problema, a minha trava, o meu medo, rola na gravação solitária. E este Set em específico foi bem complicado de conseguir gravar, não apenas pela falta de tempo e intempéries diversas que rolam no dia a dia, mas também por conta de eu ter me desafiado a fazer mixagens mais rápidas, seguidas uma da outra, acertando o pitch da track na hora que eu solto ela, ou seja, tem hora que dá aquela travada básica no meu sistema humano de processamento. Mas, tô aos poucos superando esses problemas e criando novas formas de expressão. Enfim, bora falar de coisa mais que boa e nova? Então aperta o play que eu vou falar sobre esta obra prima. 😊
São ondas, como as do mar,
Que me levam, sem melindre
Com todos que me cercam, a me conectar
Com passos tortos a se atropelar
E nenhum motivo que enquadre
O querer encontrar
A resposta que, de mim, drene
A dúvida que paira no ar
Enfim, que eu busque
Não apenas satisfazer
Falsa curiosidade que me ofusque
O objetivo de crer
Que tudo conspira para que troque
O conforto sideral de ter
A possibilidade de ser mais, puro truque,
Pela realidade de me locomover
Ao além e lá embarque
No querer
Que me levam, sem melindre
Com todos que me cercam, a me conectar
Com passos tortos a se atropelar
E nenhum motivo que enquadre
O querer encontrar
A resposta que, de mim, drene
A dúvida que paira no ar
Enfim, que eu busque
Não apenas satisfazer
Falsa curiosidade que me ofusque
O objetivo de crer
Que tudo conspira para que troque
O conforto sideral de ter
A possibilidade de ser mais, puro truque,
Pela realidade de me locomover
Ao além e lá embarque
No querer
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